Turista israelense morta em Santa Teresa passou por experiência traumática em outro país antes de vir ao Brasil

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israelense Alma Bohadana, de 22 anos, que foi encontrada morta em Santa Teresa, contou a um grupo de amigos que fez no hostel onde estava em Copacabana, que passou por uma experiência traumática em outro país. Segundo informaram os amigos, ela teria passado por alguma tentativa de assalto em um país da América Latina, que visitou antes do Brasil.

— Em uma conversa que teve com uma galera aqui, ela comentou que passou por uma má experiência na viagem dela. Tinha acontecido um assalto, um trauma. Chegaram a dizer que tinham algumas coisas perceptíveis, como quando acontece alguma coisa e se fica ressabiado — conta Lucas Freitas, gerente-geral do Social Hostel.

Os pertences da jovem ainda não foram encontrados pela polícia. Ela morreu na noite de segunda-feira, após cair de uma mureta em Santa Teresa, na Região Central do Rio. Segundo informou Dan Hen, colega israelense que a acompanhava à Polícia Militar, ela se assustou com uma possível tentativa de assalto e pulou. Alma caiu de uma altura de, pelo menos, 15 metros.

Casal se conheceu em hostel

Lucas relata que normalmente os israelenses que optam pela estadia no espaço viajam sozinhos, como era o caso dela. Alma chegou ao hostel no dia 30 de abril. Como sairia no dia 1º de maio, pediu que aumentassem sua reserva para que ficasse até o dia 2.

— Com o show da Madonna, a estadia ficou mais cara, então ela preferiu sair. Ela foi com um grupo de amigos para um Airbnb. No domingo, pós-show, dia 5, ela retornou. Haviam acabado os preços altos, e ela fechou mais duas diárias, domingo e segunda-feira — conta Lucas.

Devido ao grande movimento no hostel, ele conta que não costuma ter ideia — em determinados dias — de quem está com quem ou quem sai com quem.

— A gente não consegue mensurar, até porque os israelenses não são como a gente, que se toca, se beija, se abraça. Eles não fazem isso. Você pode ficar lado a lado da pessoa, sem segurar a mão nem nada e sair para fazer um passeio turístico com ela.

O hostel escolhido por eles funciona como uma espécie de base israelense aqui no Rio há cerca de 7 anos. Lucas conta que a ligação deles com o espaço começou logo após a abertura do albergue, após a indicação de dois casais.

— Um dos donos fala bem hebraico. Os casais chegaram, nós os tratamos bem. Eles se sentiram como em família. Levamos eles para passeios, para jantar, então criaram uma identidade. A partir disso, começaram a indicar. Hoje, a comunidade judaica se uniu para dar apoio também — explica.

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