Lucro da Anima Educação cai mais de 30% no terceiro trimestre

A Anima Educação divulgou queda de 30,6% no lucro do terceiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, para R$ 30,2 milhões.
O resultado ficou abaixo do esperado pelo mercado. A média das estimativas do Itaú, Santander e BTG apontava ganho líquido de R$ 34,6 milhões no período.
A receita líquida da companhia de julho a setembro foi de R$ 209,4 milhões, avanço de 3,1% na comparação anual. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), caiu 14,1% no período, R$ 40,1 milhões.
Segundo a companhia, o resultado do trimestre foi afetado pela redução das vagas no Pronatec e pelo recuo de 3,9 pontos percentuais na margem Ebitda no comparativo anual, para 19,1%.Além do Pronatec, a escola de negócios HSM e os cursos de pós-graduação foram impactados pela queda na receita. A inclusão da Universidade São Judas na provisão para devedores duvidosos (PDD) e os custos de expansão orgânica da companhia também forçaram o recuo das margens.
Com relação à receita, a companhia indicou aumento de 9,8% no ticket médio bruto, para R$ 1.188 no terceiro trimestre, parcialmente compensado pelo recuo do Pronatec e pelo avanço na linha de descontos, deduções e bolsas, relacionados a um aumento na proporção de alunos do Prouni.
Como já havia indicado no começo de outubro, a Anima registrou uma queda de novas inscrições no Fies, o que diminuiu em 8,9% o volume de alunos ligados o financiamento estudantil do governo federal, para 30,4 mil alunos em setembro, em relação ao primeiro semestre de 2015. “O oferecimento de cerca de 60 mil vagas de Fies para o segundo semestre de 2015, que foi amplamente divulgado na mídia, se demonstrou, na prática, quase que nulo para novos alunos”, afirmou a empresa.
Por outro lado, o “Pravaler”, sistema de financiamento próprio da instituição, avançou 16% na comparação com o primeiro semestre, chegando a 3,3 mil alunos.
“O tema financiamento estudantil continua sendo uma parte importante de nossa estratégia, e acreditamos que a solução não está em um único produto, mas sim em um conjunto de alternativas para as diferentes necessidades de nossos alunos”, indicou a companhia em seu balanço.
A empresa também indicou que continua interessada em novas aquisições, apesar do momento econômico complicado, “que potencialmente surgem dentro de um cenário tão desafiador”.
Fonte: Uol