Análise: com boas atuações defensivas, Fluminense sai vivo de Quito e com placar reversível
Jogo na altitude oferece todos os tipos de dificuldades para equipes brasileiras, e o Fluminense pode considerar que saiu sem tantos prejuízos de Quito. Na derrota por 1 a 0 para a LDU, válida pela ida da Recopa Sul-Americana, precisou lidar com problemas físicos, questionamentos contra a arbitragem, um festival de chutes vindos de todos os lugares e até mesmo faltas de luz no Estádio Casa Blanca, para trazer ao Brasil um resultado que não é irreversível. Na próxima quinta-feira, às 21h30, precisa vencer por dois gols para levantar o inédito título no Maracanã.
A derrota magra significou lucro: foram 24 finalizações dos equatorianos contra seis dos brasileiros. Um jogo em condições muito adversas e no qual Fábio podia se considerar um vencedor até os 46 minutos do segundo tempo, pois viu seu gol ser atacado sem parar. O adversário começou apostando em bolas longas, mas logo percebeu que conseguia se impor em casa, arriscando muitas finalizações da entrada de área, e fazendo o goleiro tricolor trabalhar bastante.
Os espaços surgiam porque jogadores estava exaustos, como Keno — que voltava de lesão —, André e Thiago Santos. Logo no começo, o volante improvisado de zagueiro recuou uma bola que não virou gol contra por pouco. Mesmo assim, tornou-se um dos melhores em campo no Equador, quase impecável nas intervenções defensivas no segundo tempo.
Mais Sobre Fluminense
Felipe Melo se indigna em coletiva após derrota na Recopa: ‘Ninguém vai fazer pergunta sobre o árbitro?’
Técnico da LDU não poderá dirigir o time contra o Fluminense pela Recopa; entenda
Com apenas 12 minutos, Marcelo adicionou uma preocupação a Fernando Diniz, saindo machucado e dando lugar para Diogo Barbosa. Era melhor até ter começado com o reserva, que segurou bem as pontas e também mostrou boa atuação. No geral, em um empate que escapou por detalhes, os defensores se destacaram e trouxeram alguma segurança diante da forte pressão sofrida.
Dificuldades para criar
Ao contrário, na frente, a equipe não se encontrou, apresentando dificuldades para criar o jogo com qualidade, o que levou Keno até a aparecer invertido em jogadas pela ponta direita. Quem mais demostrou preparo físico foi Arias, responsável pela finalização mais perigosa do tricolor no primeiro tempo, uma cavadinha defendida por Domínguez na área.
Certamente, não era o melhor tipo de jogo para Ganso, com dificuldades para impor algum jogo mais cadenciado. A primeira metade da etapa final foi onde o tricolor mais conseguiu equilibrar ações, quando Diniz lançou alguns jogadores que oxigenaram o esquema.
Fazendo seu primeiro jogo oficial em 2024, a LDU ofereceu mais campo, e Lima conseguiu carimbar um chute na trave. Porém, as chances foram tão raras quanto o ar a 2.850 metros.
Arbitragem no centro das discussões
Em um momento de pressão final da LDU, quando Arce completou um cruzamento no apagar das luzes, e o VAR reverteu seu impedimento marcado no campo, a equipe equatoriano encontrou um gol até merecido pela circunstâncias da partida.
Ao mesmo tempo, os personagens do Fluminense foram uníssonos na bronca contra a arbitragem do colombiano Andrés Rojas. Um pênalti que Germán Cano pediu, no primeiro tempo, mas o árbitro não interpretou dessa maneira, mesmo após revisão do VAR, rendeu declarações de fortes de Diniz, Felipe Melo, Arias, Marlon, e do presidente Mário Bittencourt.
O Fluminense quase saiu com o empate e, em um Maracanã lotado, na próxima semana, terá todas as condições para exercer o melhor de seu futebol e buscar a virada, para despachar um velho carrasco de outras decisões continentais.
O QUE VOCÊ PRECISA SABER
AGORA NA HOME
Nada a declarar
Bolsonaro fica em silêncio em depoimento à PF; defesa diz que ele ‘nunca foi simpático’ a golpe
Alerta
Daniel Becker: Uma tsunami de viroses está chegando