Botafogo e a chance da inédita volta olímpica no Estádio Nilton Santos

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O mesmo destino que já aprontou algumas peças no Botafogo reservou um momento único para a última rodada desta edição do Campeonato Brasileiro. Ateus não vão comprar esta versão. Mas os deuses do futebol moveram as palhas para que o Glorioso tivesse a chance de concluir o torneio nacional com uma volta olímpica no Estádio Nilton Santos, a primeira do Mais Tradicional em sua praça esportiva, no Engenho de Dentro. Neste domingo (8), às 16h (de Brasília), contra o São Paulo, com ingressos esgotados, basta ao Alvinegro um empate para cravar mais uma bela história nesta temporada.

Na quarta-feira (5), quatro dias após tornar-se o dono do continente sul-americano, o Botafogo esteve a dez minutos de mais uma façanha. Em Belo Horizonte, contudo, o Palmeiras virou sobre o Cruzeiro por 2 a 1 e tirou a chance de o Alvinegro colocar um ponto final na disputa pelo título, no Beira-Rio, onde, às margens do Guaíba, os cariocas tiveram uma vitória maiúscula diante do Internacional: 1 a 0 sobre o dono da melhor campanha do returno.

Campeão da Copa Libertadores-2024 há menos de uma semana, o Botafogo, agora, está pronto para abraçar a oportunidade de eternizar mais um momento inédito. Segundo o técnico Artur Jorge, o adiamento do tricampeonato nacional não abalou um milímetro da confiança dos jogadores alvinegros. Coroar esta trajetória em um local marcado por festas inconfundíveis é um presente dos céus. Resta somente desfrutá-lo.

“Não me reduzo somente aos espaços físicos. O principal é o título nacional. Este é o nosso objetivo desde a partida contra o Cruzeiro (na primeira rodada). Fechar o campeonato, porém, em casa, diante da nossa torcida, é algo extraordinário. Vi, no vestiário, a alegria dos jogadores com esta possibilidade. Estão entusiasmados, motivadíssimos e com uma expectativa alta para domingo. Demos um passo importante, sim! É um enredo com tudo para um final feliz, sabendo que nada está garantido, pois o São Paulo já nos provou sua qualidade”, respondeu, ao Jogada10, o técnico bracarense, ainda em Porto Alegre.

Inaugurado em junho de 2007, o Colosso do Subúrbio nunca viu o Botafogo levantar um caneco de expressão. Antes de tudo, para um clube com a grandeza do Botafogo, Taça Rio (2012/2024) e Taça Guanabara (2013) não entram neste hall de conquistas.

No Nilton Santos, o Botafogo só teve o dissabor de acompanhar os rivais festejarem. Em 2010, com o Maracanã em reformas para a Copa do Mundo de 2014, o Fluminense venceu o Guarani por 1 a 0, resultado que o permitiu erguer a taça do Brasileirão. Em 2011, foi a vez de o Flamengo, nos pênaltis, superar o Vasco e sagrar-se campeão carioca. No ano seguinte, o Tricolor voltaria a fazer a festa no Niltão, com um placar de 5 a 1, no agregado, na decisão do Estadual, contra o próprio Glorioso.

Fora do estádio, desde quando passou a mandar seus jogos no Nilton Santos, o Botafogo venceu cinco competições. Dois Cariocas no Maracanã (2010 e 2018), um em Volta Redonda (2013), além de uma Série B em Brasília (2015) e outra em Pelotas (2021). Mas o Glorioso também pode inaugurar o seu salão de festas no Engenho de Dentro. Depois do Brasileiro, decide, em fevereiro, a Recopa, contra o Racing (ARG), no mesmo Colosso do Subúrbio.

“Não tenho o que falar desse grupo. Agora, é descansar, vamos pensar no último jogo, que vai ser na nossa casa. Vai estar lotada. Se Deus quiser, faremos um grande jogo”, ponderou o goleio Gatito, figura na partida contra o Inter.

Hora, então, de exorcizar mais fantasmas e sepultar os dissabores. Afinal, é tempo de Botafogo!

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