Conheça cinco iniciativas inovadoras para melhorar a mobilidade urbana

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mobilidade_transporte

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Tecnologia é aliada das cidades ao viabilizar soluções para melhorar a circulação de pedestres e motoristas.

O crescimento das cidades brasileiras nas últimas décadas — a taxa de urbanização do país aumentou de 68,9% em 1980 para 84,2% em 2010, segundo o IBGE — fez surgir o desafio de melhorar a mobilidade urbana para atender às demandas da população por transporte. Afinal, quanto maior a cidade, maior o tempo gasto em deslocamentos.

Em municípios de 100 a 300 mil habitantes, por exemplo, o tempo médio em uma viagem é de 31 minutos. Já em cidades com mais de 3 milhões de moradores, chega a 46 minutos, segundo a pesquisa Mobilidade da População Urbana (2017), da Confederação Nacional de Transporte. Mas, em grandes centros, como São Paulo, o tempo gasto no trânsito pode chegar a quase três horas diárias, segundo levantamento do Ibope Inteligência e da Rede Nossa São Paulo.

Nesse cenário, a inovação pode ser uma resposta para melhorar a circulação de pedestres e motoristas. Conheça algumas iniciativas ao redor do mundo que estão transformando a mobilidade urbana:

1 – Semáforos inteligentes

Londres utiliza o sistema Scoot para gerenciar seus semáforos, que emprega sensores para “perceber” o trânsito a fim de que seja possível trocar sinais (do verde para o vermelho, por exemplo), automaticamente. O sistema permite mexer com os tempos dos semáforos para evitar filas de carros ou dar prioridade a ônibus, quando necessário. A Transport for London (TfL), órgão local responsável pelo transporte na capital inglesa, estima que o Scoot reduza a demora de sinais em 13%.

2 – Estacionamentos gratuitos

Também conhecidos como “Park & Ride” (e sinalizados pela sigla P+R), os estacionamentos gratuitos na Austrália funcionam como um incentivo à integração de modais. A premissa do sistema é construir esses espaços próximos a estações de metrô, pontos de ônibus, bicicletários para que o usuário utilize o carro para se deslocar de casa até o estacionamento, e, em seguida, troque de transporte. Geralmente, são instalados em regiões metropolitanas. Assim, os moradores de áreas afastadas são estimulados a utilizar o carro apenas nesse trajeto entre o lar e a estação mais próxima. O efeito? Menos tempo no trânsito e menos congestionamentos nas regiões centrais da cidade.

3 – Rodovia para ciclistas

Conhecida pelas famosas autobahns (super-rodovias com largas faixas e limites altos de velocidade, sem semáforos), a Alemanha inovou em 2016 e inaugurou a primeira autobahn para bicicletas. A Radschnellweg Ruhr, ou RS1, é a primeira superciclovia alemã, isto é, uma estrada exclusiva para bicicletas. Com largura de quatro metros e 96,5 quilômetros, vai conectar 10 cidades do país entre Duisburg e Hamm até 2022. O objetivo é fazer com que os moradores utilizem a bicicleta como um transporte alternativo ao carro, criando uma segunda opção de deslocamento.

4 – Metrôs com vagões exclusivos para bicicletas

A cidade de Stuttgart, na Alemanha, instalou em uma de suas linhas de trens um vagão externo exclusivo para bicicletas. O sistema facilita a locomoção dos ciclistas e ajuda a desafogar o trânsito. Apesar de não ser uma atitude exclusiva da cidade alemã (em São Paulo, por exemplo, é permitido utilizar metrô e trem com a bicicleta, mas os horários são restritos), a principal diferença está em oferecer um espaço exclusivo para as bicicletas, facilitando inclusive a subida e descida do trem (por ser externo e no nível da rua, não é necessário descer e subir escadas, por exemplo).

5 – Ônibus para pessoas com mobilidade reduzida

Iniciativa em Brno, na República Tcheca, introduziu cinco miniônibus adaptados especificamente para pessoas com mobilidade reduzida. Cada veículo consegue transportar pelo menos seis cadeiras de rodas ao mesmo tempo. Eles também são equipados com rampas que permitem o acesso mais fácil ao coletivo. As linhas também foram pensadas com base nas necessidades dos usuários. Elas cruzam a cidade, conectando as principais instituições públicas, hospitais e outros prédios de serviços.

Fonte: G1

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