Cúpula da ONU sobre clima é recebida com protestos pelo mundo

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protestos japão

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Encontro com representantes de mais de 200 países para discutir mudanças climáticas começa nesta segunda (2) em Madri, na COP 25; desde sexta-feira (29) jovens manifestantes

A COP 25, que começou nesta segunda-feira (2) em Madri, foi alvo de manifestações nos últimos dias em várias partes do mundo. Manifestantes protestam para que líderes mundiais, reunidos na conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), definam medidas concretas para conter o aquecimento global. Grande parte dos participantes de protestos é de jovens.

O evento, que ocorre de 2 a 13 de dezembro, adotou o slogan “Hora da Ação” (Time for Action). Desde 2015, quando foi assinado um grande acordo climático global, o Acordo de Paris, as conferências do clima anuais têm se dedicado a como colocá-lo em prática. Agora, no encontro de duas semanas, representantes de quase 200 países têm o desafio de provar que podem evitar os impactos mais graves do aquecimento global.

Multidões se reúnem em pontos turísticos como o Portão de Brandemburgo, em Berlim, e o Capitólio, em Washington DC.

Dentre as principais pautas dos manifestantes estão o consumismo, as queimadas na Austrália e na Índia, o aumento das temperaturas médias causado pelo aquecimento global e a redução das emissões de gás carbônico.

Jovens ativistas do clima como a sueca Greta Thunberg são expoentes nos protestos.

Cerca de 630 mil pessoas se manifestaram em mais de 500 cidades da Alemanha, anunciou o movimento Fridays for Future, inspirado pela jovem sueca Greta Thunberg.

Com cartazes que proclamam “Um planeta, uma luta” ou “Estamos em greve até vocês agirem”, milhares de jovens se reuniram no emblemático Portão de Brandeburgo de Berlim.

Em Hamburgo, uma cidade do norte, cerca de 30 mil manifestantes lançaram o alarme contra o aquecimento global, enquanto em Munique, no Sul, eram cerca de 17 mil, segundo a polícia.

Cerca de 1,7 mil pessoas se manifestaram em Madri, na Espanha, onde ocorre a COP 25.

França

Na França, os militantes protestaram contra as liquidações da Black Friday, bloqueando centros de distribuição da Amazon em Paris, Lyon e Lille.

Estados Unidos

Nos Estados Unidos, dezenas de ativistas se reuniram diante do Capitólio para celebrar um “funeral” simbólico do planeta. O protesto contou com a participação da atriz Jane Fonda, detida em várias ocasiões nas últimas semanas durante manifestações contra o aquecimento global.

México

No México, estudantes ocuparam as ruas aos gritos de “Nem um grau a mais, nem uma espécie a menos” e “Não há planeta B”.

Austrália

Os manifestantes se reuniram em Sydney, Austrália, em frente à sede do partido conservador, que é acusam de subestimar a ameaça do aquecimento global. Agitavam faixas que diziam “Você queima o nosso futuro”, enquanto gritavam “Vamos nos levantar”.

A cidade deu início às manifestações mundiais pelo clima, envolvida em uma espessa nuvem de fumaça tóxica relacionada com os incêndios que atingem a costa oriental do país. Centenas de incêndios florestais devastaram os estados australianos de Nova Gales do Sul (Sudeste do país) e Queensland (no Nordeste australiano).

Japão

Também houve protestos em Tóquio, Japão, onde centenas de pessoas marcharam pelo distrito de Shinjuku.

“Sinto uma sensação de crise porque quase ninguém no Japão está interessado” na questão das mudanças climáticas, disse à agência AFP Mio Ishida, um estudante de 19 anos.

“Fiquei muito inspirado pelas ações de Greta [Thunberg]. Pensei que se não agisse agora, seria tarde demais. Queria fazer algo concreto”, ressaltou.

Índia

“Trata-se de fazer algo pelo que você acredita”, explicou à agência AFP Saumya Chowdhury, de 23 anos. “Queremos que o governo o reconheça e discuta esse assunto com o povo”.

A Índia é uma das maiores fontes de gases de efeito estufa e possui 14 das 15 cidades mais poluídas do mundo, segundo um estudo das Nações Unidas.

No mês passado, milhões de pessoas protestaram em todo o mundo em resposta a um pedido de greve climática.

Fonte: G1

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