Israel ameaça Irã com resposta ‘retumbante’ em caso de ataque ao país
Premier Benjamin Netanyahu se solidariza com EUA após mísseis atingirem bases americanas no Iraque
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alertou nesta quarta-feira que dará uma resposta “retumbante” caso o país seja atacado pelo Irã. Na terça-feira, a informação de que o Irã teria ameçado atacar Haifa, no norte de Israel, e Dubai, capital dos Emirados Árabes Unidos, chegou a ser divulgada, mas depois descobriu-se que ela vinha de uma conta do Telegram apócrifa, que nada tinha a ver com autoridades iranianas.
— Quem quer que nos ataque receberá uma resposta retumbante — advertiu Netanyahu, após o Irã disparar mísseis contra bases usadas pelo Exército americano no Iraque, em resposta ao assassinato do general Qassem Soleimani. — O que eu digo hoje aqui abertamente (…), vários líderes do Oriente Médio também pensam.
Nesta madrugada, o Irã disparou 22 mísseis balísticos contra duas bases do Iraque. A ofensiva foi a resposta de Teerã ao assassinato — por parte dos Estados Unidos — do general iraniano Qassem Soleimani, semana passada, no Iraque. Segundo o governo iraquiano, não houve vítimas.
Soleimani era uma das pessoas mais poderosas do Irã, comandante das Forças Quds, responsável pela articulação de grupos pró-Irã na região.
Aliado do Irã, o movimento Hezbollah pediu que se “vingue” a morte de Soleimani, mas apenas atacando interesses americanos na região.
O premier israelense, que considera o Irã o principal inimigo de Israel, manifestou sua solidariedade para com os Estados Unidos, em uma entrevista coletiva em Jerusalém, na presença do embaixador americano em Israel, David Friedman.
Mais cedo, em um pronunciamento televisivo, o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, disse que o ataque com mísseis contra bases que abrigam tropas americanas no Iraque foi “um tapa na cara” dos Estados Unidos e que Washington deve pôr um fim a sua “presença corrupta” na região.
Em meio à escalada das tensões entre EUA e Irã, a queda de um Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines em Teerã levantou especulações. Logo após o incidente, a embaixada ucraniana no Irã descartou a tese de ataque terrorista ou por míssil, dizendo se tratar de um acidente provocado por “falha do motor do avião”. Entretanto, o comunicado foi substituído por outro, dizendo ser cedo para tirar conclusões.
Fonte: O Globo