Mais trabalhadores da Petrobras aderem à greve prevista para sexta-feira

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A FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), que reúne cinco sindicatos que representam funcionários da Petrobras, aprovou no domingo (19) o indicativo de greve de um dia para 24 de julho, contra a venda de ativos e em defesa de direitos dos funcionários, informou a entidade em um comunicado.

A FUP (Federação Única dos Petroleiros), que reúne outros 12 sindicatos, já havia aprovado a indicação de greve. Sindicatos de ambas as federações agora estão realizando assembleias para obter a aprovação dos empregados sobre os protestos.

As duas federações que costumavam se tratar como rivais por diferentes ideais políticos, iniciaram conversas para unificar uma agenda que promete mostrar força contra medidas adotadas pela atual diretoria diante das dificuldades financeiras.

Representantes de ambas as federações afirmaram à Reuters na semana passada que não há divergências em alguns pontos considerados de maior urgência, como desinvestimentos e a defesa de direitos de funcionários próprios e terceirizados nesse processo.

Possíveis impactos para a produção

O Sindipetro Norte Fluminense, filiado à FUP e responsável pelos funcionários da Bacia de Campos –a mais importante do país–, deve anunciar nesta segunda-feira (20) a sua adesão à greve, afirmou à Reuters o diretor de comunicação, Marcos Brêda.

Impactos na produção na Bacia de Campos, responsável por mais de 70% da produção de petróleo do país, de acordo com Brêda, vão depender de equipes de contingência da Petrobras.
“Os trabalhadores vão entregar a produção para gestores da companhia e se eles entenderem que não têm condições de levar a produção com equipes de contingência, a gente vai se propor a parar a produção”, afirmou Brêda. “Isso depende muito da Petrobras, mais do que dos trabalhadores, se vai atingir a produção ou não.”

Em geral, em greves anteriores, a Petrobras conseguiu minimizar os efeitos da paralisação para a produção.

Brêda afirmou que a adesão das plataformas da Petrobras, que somam quase 50 unidades próprias na Bacia de Campos, ainda não foi finalizada.

Procurada para explicar como está se preparando para lidar com a greve, a Petrobras não respondeu imediatamente.

Fonte: Reuters

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