OCDE reduz drasticamente previsões de crescimento para Brasil, Argentina e México

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PIB mundial terá este ano a menor expansão em uma década, prevê entidade

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu drasticamente em apenas quatro meses suas previsões de crescimento para as três maiores economias da América Latina — Brasil, Argentina e México — para este ano e o próximo, de acordo com uma projeção publicada nesta quinta-feira.

A OCDE reduziu em mais 0,6 ponto percentual ou mais sua previsão de crescimento para 2019 e 2020 do Brasil e Argentina, as duas maiores economias da América do Sul.

No Brasil, a entidade espera uma recuperação gradual, a partir de uma expansão de 0,8% neste ano, para cerca de 1,75% em 2020, devido a uma queda nas taxas de juros reais que suportam o consumo privado.

No caso da Argentina, as perspectivas se deterioraram significativamente devido à depreciação do peso e à imposição de controles de capital. As expectativas são de uma contração econômica de 2,7% em 2019 e 1,8% em 2020.

“A incerteza sobre as políticas é alta e a inflação aumentou novamente. A produção deverá contrair-se fortemente no final de 2019 e no início de 2020”, afirmou o relatório.

“Após as eleições de outubro, o próximo governo argentino terá de revelar em detalhes seus planos para políticas macroeconômicas que ajudem a recuperar a confiança e garantir a estabilidade”, acrescentou o texto.

Para o México, a partir de uma expansão de 0,5% este ano, a previsão para o próximo ano é de 1,5%, devido a fatores de curto prazo, como greves e incertezas políticas.

Quanto à economia global, ela deve ter em 2019 seu crescimento mais baixo em 10 anos, segundo a entidade.

A OCDE reduziu suas estimativas de crescimento para quase todos os países que acompanha e prevê que o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos ao longo de um ano) global terá expansão de só 2,9% – a menor em uma década.

A organização atribui o fraco crescimento global ao acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China e a um aumento do protecionismo entre os principais países do mundo.

Fonte: Época Negócios

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