Uma manobra sob medida no Detran-RJ

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Solicitação da Polícia Federal pelo retorno de delegados cedidos ao estado do RJ poupou o governador Witzel do desgaste da demissão de mais um presidente do Detran em menos de um ano

A decisão da Polícia Federal de requisitar delegados a serviço do governo do Rio de Janeiro parece ter sido feito sob encomenda para atender os interesses e as necessidades políticas de Wilson Witzel. Ao solicitar a reintegração de Marcelo Bertolucci, que ocupou a presidência do Detran-RJ até o fim do ano passado, a PF poupou Witzel do desgaste da segunda demissão no comando da estatal em menos de um ano de governo.

Ao mesmo tempo, a convocação serviu de biombo para encobrir os insondáveis interesses políticos que já há algum tempo empurravam Bertolucci para fora da cadeira de presidente do Detran-RJ. É bem verdade que Witzel escolheu outro egresso da PF para o cargo, Antonio Carlos dos Santos. No entanto, segundo o blog apurou, seus pares de diretoria já teriam sido, digamos assim, catequizados e alertados de alguns “equívocos” cometidos por Bertolucci, como um rigor em excesso em licitações – foram praticamente suspensas – e, sobretudo, um desdém em relação a indicações vindas da Alerj. Mais precisamente dos deputados André Ceciliano, presidente da Casa, e Gustavo Tutuca.

Confira o ofício encaminhado pelo diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Leite Valeixo, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, chefiado por Sergio Moro, solicitando o retorno de servidores cedidos ao órgão.

Fonte: Jogo Sujo

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